quarta-feira, março 29, 2006

Invocando a Santa

Borrachinhas e Borrachões
Por nossa senhora das divinas periquitas, protetora até do Pinóquio, com quem nada teve a ver!
Os adeptos do presidencialíssimo e ele mesmo estão criando uma novilíngua para a destruição dos valores.
Um baita erro é, para eles, apenas um "equívoco".
Agora, então, foi demais, superaram-se:
Um monte de crimes são cometidos e classificados de "erros".
E ainda acrescentam: "Errar é humano!".
Invoco de novo a santa para lembrar que os criminosos também são humanos.
Mas cometem CRIMES (gritando mesmo).
Crimes não se apagam, como as culpas das beatinhas, com visitas a um confessionário, nem se for o do padre Pinto.
Erro se apaga até com uma borrachinha, mesmo que o errado seja um borrachão.
Crime se paga(ria) com a sanção aos criminosos.
Mas - invoco a santa de novo! -, quando crime é chamado de erro e perdoado publicamente em cerimônia "republicana"...
E transmitida por todas as emissoras de rádio e televisão.
E com fotos nos jornais...
E criminosos saem como libélulas de seus casulos, sem proteção, mas doidivando (neologismo óbvio e aplicável)!
À cerimônia de transmissão de cargo sobraram advogados, juristas, até um ministro da justiça.
Faltou delegado, Justiça e voz de prisão.
Faltaram borrachadas.
Se este não fosse o país em que Lubel deita e rola, sobrariam poucos.

PS: Esclareço que quando disse que "faltaram borrachadas" não estou propondo nenhuma violência.
Me referia, claro, a um bom "clister aplicado com seringa de borracha", que talvez, apenas talvez, poderia limpar um pouco estranhas entranhas republicanas.