segunda-feira, janeiro 02, 2006

O Aurélio Explica

A Verdade é Moluscicida
Ensina-me o Aurélio que entrever é "perceber antecipadamente; pressentir; prever".
Portanto, entrevi a entrevista.
Ensina-me o Aurélio que entrevar é "ficar paralítico; ter tolhidos os movimentos das
articulações".
Portanto, entrevou-me a entrevista.
Ensina-me o Aurélio que entravar é "pôr entraves a; embaraçar, obstruir, atravancar, travar".
Portanto, quis entravar a verdade dos fatos a entrevista.
Carradas de razão tem Raul Pont,secretário-geral do PT, ao dizer:"Ao invés de falar que o PT terá de sangrar, o presidente ajudaria mais se informasse quem o traiu".
Mas, para conhecimento de Raul Pont:
Ensina-nos o Aurélio que trair, como verbo pronominal, é "tornar evidente ou óbvio
involuntariamente aquilo que se devia ou queria ocultar; comprometer-se".
Dá, como exemplo: "Não admitia culpa, mas traiu-se ao negar um fato óbvio".
Enigma resolvido: a entrevista que me entrevou e que quis entravar a verdade dos fatos, foi na verdade uma confissão: o presidente traiu-se.
Raul Pont pode, agora, apenas se dedicar a estancar o "sangramento do PT".

Da Cide e outras "contribuições"
Do Blog do Josias de Souza:
"a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), cobrada de todos os brasileiros que abastecem os seus automóveis nos postos de gasolina, vem sendo malversada pelo governo. Em 2005 pagou, por exemplo, assinatura de TV a cabo, eventos culturais, serviços de segurança, planos de saúde de servidores públicos, auxílio-refeição e outros babados que nada têm a ver com nem com estradas nem com meio ambiente."
...E a CPMF, que tinha como justificativa a Saúde, que foi ressuscitada post mortem e majorada, também virou uma caixa preta.
...e tantas "contribuições", "taxas" e "impostos", federais, estaduais e municipais, que acabam tendo um só destino: saciar a fome das pulgas, varejeiras e carrapatos que vivem do sangue e suor dos brasileiros.
Mais exemplos da bandalheira em Contas Abertas.

Confissão
Confesso que nunca acreditei que uma aliança entre a Igreja e Trotskistas (passando por outros istas) pudesse dar certo.
Por isso, confesso que nunca acreditei no "projeto PT".
Só uma coisa proporcionou a decantada unidade na diversidade: o Poder.
Também não acredito na unidade entre ex-trotskista e ex-preposto-de-banqueiro.
Tem um "ex" sobrando na frase acima.
Desconfio que seja o segundo.