segunda-feira, novembro 28, 2005

Adejando

Pagando por Produto Estragado
Quando compro um produto, sei que um dos componentes do custo é a propaganda.
Uma empresa, quando lança um produto novo, sabe que, até atingir o "breakeven", propaganda será custo de investimento.
E que só atingirá o "breakeven point" quando cobrir seus custos, inclusive o de propaganda.
Se não gosto de um produto, ou da propaganda de um, posso usar o controle remoto e mudar de canal.
Mas, e a propaganda de partido político?
Quem paga somos todos nós.
E, como passa em cadeia, somos prisioneiros das mensagens... ou desligamos a TV.
(Nem todos têm cabo ou satélite.)
Pagar para ser enganado é um pouco demais.

Imprescindíveis
Buratti, imprescindível para Palocci.
Palocci, imprescindível para Lula.
Delúbio, imprescindível para o PT.
Espetáculo prescindível.

Dez de Ouro
Para resgatar a dignidade do parlamento nacional, bastariam 10 deputados e senadores que se aliassem suprapartidariamente e dessem exemplos de integridade ética.
Como Catão de Útica, os Catões do Brasil destilariam suas críticas e seriam realmente vozes a serviço da Nação.
Aversos a quaisquer subornos, pecuniários ou políticos, seriam um farol a indicar o futuro às gerações vindouras.
Mas, provavelmente, o destino destes bravos, nestes tempos, seria o mesmo de Catão de Útica: o suicídio.
A República fenece, o Império se aproxima.

Tudo é Permitido
Se o crime compensa, se o roubo não é punido, se a mentira prevalece, se os legisladores legislam em causa própria, os juízes prevaricam e os governantes se mancomunam, tudo é permitido.
Da mera balela, do punguista ao linchador.
Sinais dos tempos: o livro de Bruna, a surfistinha, é best-seller, o Pânico invade os lares e o Brasil torneja e aderna.