São tantas, mas tantas
mesmo, as falcatruas provadas do Partido dos Trabalhadores, tantos os petistas envolvidos em fraudes e desvios de dinheiro público, que nem precisaria o PT ter como aliados Sarney, Maluf, Collor e outras figurinhas carimbadas para que afirme: quem votar em Dilma Rousseff não estará sendo eleitor, mas cúmplice.
Não bastassem as provas de improbidade, seguidamente exibidas, confessadas umas, provadas outras, ainda carrega consigo o PT um passado suspeito.
Das sombras do passado recente, surgem suspeitas de assassinatos envolvendo altas figuras do PT.
Basta ouvir as ligações telefônicas dos petistas,
aqui, no caso Celso Daniel, ou as informações que eu mesmo coloquei, tempos atrás, sobre a morte de Toninho de Campinas,
aqui.
Muitos dos links não estão mais ativos, mas o material mencionado não é difícil de ser encontrado.
Mesmo que passássemos uma borracha indulgente apagando este passado, ainda sobrariam os casos de Erenice Guerra e familiares, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), para só pinçar dois dos casos mais recentes.
Mas tem mais. Muito mais.
Tem os disse e os não-disse de dona Dilma Rousseff, na tentativa de agradar gregos e troianos, católicos e evangélicos, Deus e Satanás, mantendo o namoro com os opostos.
Quem tem olhos para ver, ouvidos para ouvir e um
minimum minimorum de bom senso, percebe que, em busca dos votos necessários, mandam às favas a coerência, os princípios, os programas discutidos e jurados, os compromissos assumidos e, para agradar a clientela, fazem juras de amor com a mesma facilidade, veleidade e validade das feitas pelas hetairas nos lupanares da polítiquice em todas as eras.
Para ganhar a eleição, manter o "poder", fazem suas as palavras de Jarbas Passarinho, ao assinar o AI-5: "às favas os princípios".
Dona Dilma foge, como o diabo da cruz, vampiros de espelhos, de revelar, discutir e defender o verdadeiro programa de governo, o PNDH-3, que pode ser lido
aqui.
Uma leitura atenta revelará as verdadeiras intenções dos ideólogos enrustidos por trás do rosto, sorriso e discursos da face escolhida para ser a máscara a ser apresentada ao grande público.
A base aliada, aquela que não compartilha do programa, é venal o suficiente para ser comprada por um cargo aqui, uma prebenda ali, uma sinecura acolá, uma negociata alhures. Alguns mais baratos ainda: aliados, sempre, com quem estiver no poder, pela mera satisfação de compartilhar ou ter a sensação de compartilhar do poder e prestígio de quem os têm.
Por tudo - e muito mais! - daria páginas! - não vou votar em Dilma Rousseff.
Acima de tudo porque não acredito - nunca acreditei - que os fins justificam os meios.
Quem adota as práticas que condena no outro, acabará sendo o outro, por mais que negue, disfarce e não goste.
Por mais que utilize o passado mitificado para encobrir a lama em que hoje chafurda, faz companhia e é igual aos porcos com que hoje coabita.
Há mais parecenças que diferenças entre os "da luta armada" e os "filhotes da ditadura" de ontem. Insistem em discursar sobre o passado, para uma nação que tem os olhos postos no futuro. Têm em comum suas lembranças.
Unem-se no desprezo à democracia, no usufruto do poder, no amor ao passado e resistência ao futuro que lhes bate à porta.
Entre ser cúmplice, anular ou ser eleitor, escolho ser eleitor.
Escolho ser eleitor, votando Serra45, por uma única, exclusiva e eliminatória razão: não quero ser cúmplice.